Editorial

A Copa das lesões

Neste domingo, a Copa do Mundo Fifa 2022 chegou ao seu 8º dia de jogos e já tivemos de tudo. Derrotas inesperadas, goleadas históricas, gols inesquecíveis e lesões que colocaram fim ao sonho de alguns dos principais jogadores do planeta.

Em um Mundial atípico, disputado no fim do ano, a expectativa era de que as grandes estrelas do futebol estivessem no melhor da forma física, uma vez que a temporada europeia - onde a maioria joga - está na metade. Em muitos casos, porém, não é o que está acontecendo. As seleções passaram a sofrer com contusões antes mesmo das convocações. A começar pela França, atual campeã, que não pode contar com os meio-campistas Kanté e Pogba, fundamentais na conquista de 2018. Outros favoritos ao título também perderam jogadores antes da viagem ao Catar. Casos de Coutinho (Brasil), Lo Celso e Nico González (Argentina), Diogo Jota (Portugal), Timo Werner (Alemanha), entre outros.

Se ficar de fora da convocação por uma lesão no período pré-convocação já é péssimo, imagina perder a Copa do Mundo já no Catar. Mais uma vez, quem parece ter sofrido mais com esse “vírus das lesões” foram os franceses. Primeiro foi o atacante Nkunku, lesionado no último treinamento antes da viagem ao Oriente Médio. Para piorar ainda mais a situação, ainda houve o corte do centroavante Karim Benzema, o melhor jogador do mundo em 2022, a poucos dias da estreia. E não parou por aí. Durante o primeiro jogo, contra a Austrália, o lateral-esquerdo Lucas Hernández teve uma lesão e também vai perder o restante da Copa. Sadio Mané, craque de Senegal, não conseguiu se recuperar a tempo de disputar o seu primeiro mundial.

O Brasil escapou ileso - a exceção do caso de Coutinho - às vésperas da convocação e também aos treinos preparatórios. Mas tudo desandou durante o segundo tempo da vitória por 2 a 0 sobre a Sérvia, na última quinta-feira. As vítimas foram o lateral-direito Danilo e o atacante Neymar, ambos torceram o tornozelo e estão fora, pelo menos, da primeira fase. Curiosamente, os dois atletas já sofreram com lesões em Copas. Neymar ficou de fora dos 7 a 1 na semifinal de 2014, diante da Alemanha, devido a uma fratura na terceira vértebra da lombar na vitória sobre a Colômbia. Já Danilo foi titular na estreia em 2018 e sofreu uma lesão no quadril dias depois, perdendo o restante do Mundial.

Como estamos vendo no Catar, lesões são totalmente comuns no esporte de alto rendimento e é possível que mais estrelas sofram com isso nos próximos 20 dias. A torcida, agora, é para que estas contusões fiquem em segundo plano e que daqui para frente seja apenas a Copa das derrotas inesperadas, das goleadas históricas e dos gols inesquecíveis.​

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